Copacabana atrai um grande contingente de turistas para seus mais de oitenta hotéis, que ficam especialmente cheios durante as épocas do ano-novo e do carnaval. No fim de ano, a tradicional queima de fogos na Praia de Copacabana atrai uma multidão de pessoas. A orla ainda é lugar de variados eventos, como shows nacionais e internacionais, durante o resto do ano.
Há várias hipóteses etimológicas para o nome Copacabana. A primeira alega que o termo teria vindo da língua quíchua falado no antigo Império Inca, significando "lugar luminoso", "praia azul" ou "mirante do azul" . Outras fontes apontam o termo como originário da língua aimará falada na Bolívia, significando "vista do lago" (kota kahuana). Nesse país, Copacabana é o nome dado a uma cidade situada às margens do Lago Titicaca, fundada sobre um antigo local de culto inca. Existem relatos de que, nesse local, antes da chegada dos colonizadores espanhóis, ocorria o culto a uma divindade chamada Kopakawana, que protegeria o casamento e a fertilidade das mulheres.
História
Segundo a lenda, após a chegada dos espanhóis à região, Nossa Senhora teria aparecido no local para Francisco Tito Yupanqui, um jovem pescador, que, em sua homenagem, teria esculpido uma imagem da santa que ficou conhecida como Nossa Senhora de Copacabana: a Virgem vestida de dourado pousada sobre uma meia-lua. No século XVII, comerciantes bolivianos e peruanos de prata (chamados na época de "peruleiros") trouxeram uma réplica dessa imagem para a praia do Rio de Janeiro então chamada de Sacopenapã (nome tupi que significa "caminho de socós"). Sobre um rochedo dessa praia, construíram uma capela em homenagem à santa. Tal capela, com o tempo, passou a designar a praia e o bairro. Tal capela veio a ser demolida em 1914, para ser erigido, em seu lugar, o atual Forte de Copacabana .
Por ficar numa área de difícil acesso, até o final do século XIX somente existiam na localidade o Forte Reduto do Leme, a pequena Igreja de Nossa Senhora de Copacabana e algumas chácaras e sítios.
Segundo o mesmo dicionário acima citado, o doutor Figueiredo Magalhães, médico de renome e residente no bairro, o recomendava a pessoas convalescentes, para repouso e, assim, cresceu o número de seus habitantes. Entretanto, somente com a inauguração de um túnel no Morro de Vila Rica (Túnel Velho), em 6 de julho de 1892, pela Companhia Ferro-Carril do Jardim Botânico (atual Light), na pessoa do deputado José Cupertino Coelho Cintra, dito "o Bandeirante de Copacabana", entre Copacabana e Botafogo, o bairro começou a se integrar ao resto da cidade. Entre os cinco acionistas da Companhia Ferro-Carril do Jardim Botânico se encontra o 1º Conde de Wilson, Edward Pellew Wilson Júnior.
O 2o Barão de Ipanema, José Antônio Moreira Filho, era um grande proprietário de terras na região do atual bairro de Copacabana. Em sociedade com José Luís Guimarães Caipora, teve um papel importante na urbanização da área com a construção da maioria de seus logradouros. José Antônio Moreira Filho foi o responsável pela urbanização da Vila de Ipanema que deu origem ao bairro do mesmo nome.
Com a ampliação das linhas de bonde até o Forte do Leme e à Igreja de Nossa Senhora de Copacabana (onde hoje fica o Forte de Copacabana), o bairro foi ganhando ruas e casas, fator acentuado ainda mais com a inauguração da Avenida Atlântica em 1906, na orla do bairro.
Em 1923, foi inaugurado, na Avenida Atlântica, o Hotel Copacabana Palace, que se tornou um dos símbolos do bairro e da cidade.
Na década de 1970, foi realizado, pela Superintendência de Urbanização e Saneamento , por meio de dragas nacionais (a draga Ster) e neerlandesas (a draga autotransportadora Transmundum III, pertencente à empresa de dragagem neerlandesa R. Boltje & Zonen – Zwolle, conduzida por Kor Boltje), um grande aterro hidráulico, comandado pelo engenheiro Hildebrando de Góis Filho, presidente da Companhia Brasileira de Dragagens, que ampliou a área de areia da praia e cujos objetivos principais eram: o alargamento das pistas da Avenida Atlântica, a passagem do interceptor oceânico — tubulação que transporta todo o esgoto da Zona Sul até o emissário de Ipanema — e evitar que as ressacas chegassem à Avenida Nossa Senhora de Copacabana e às garagens dos prédios da Avenida Atlântica. Este alargamento da praia foi de cerca de setenta metros de largura ao longo de toda sua extensão de quatro quilômetros. Os estudos em modelos físicos hidráulicos dessa ampliação foram realizados no Laboratório Nacional de Engenharia Civil, em Lisboa. Nesse modelo lisboeta, trabalharam os engenheiros portugueses Fernando Maria Manzanares Abecasis, Veiga da Cunha, José Pires Castanho e Daniel Vera Cruz, além do engenheiro brasileiro Jorge Paes Rios.
Posteriormente, foram construídos, na orla, uma ciclovia e alguns quiosques para atendimento ao público.
Fonte: Wikipedia
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