O Museu da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro foi fundado em 1912, com a finalidade de ser um meio auxiliar de ensino da Escola de Polícia e integrou um projeto desenvolvido pelo governo federal para reformar e modernizar a Polícia Civil do Rio de Janeiro, substituindo os métodos empíricos de investigação pelas técnicas mais novas em uso na Europa, apoiadas nas perícias criminal e médico-legal.
Na última reforma da estrutura da Polícia Civil, nos termos do Decreto nº 41.073, de 13 de dezembro de 2007, o Museu passou à subordinação da Subchefia Administrativa da instituição, enfatizando-se a sua missão cultural e integração social.
O acervo
Completando o seu primeiro centenário em 15 de janeiro de 2012, o museu colecionou no curso do tempo documentos e peças produzidas pelo trabalho policial, constituindo-se das seguintes seções:
instituição policial e sua história
polícia uniformizada da antiga capital federal
polícia técnica
a extinta polícia política
comunicações
jogos proibidos
armaria
Possui um importante acervo etnográfico, sobre os cultos afro-brasileiros do início do século XX, muito bem preservados e levados a tombamento em 1938 pelo delegado Sílvio Terra.
A instituição, que é registrada no International Council of Museums como um museu científico brasileiro, tem como sede o prédio histórico da Polícia Civil do Rio de Janeiro, localizado na rua da Relação número 40, no centro da capital fluminense, construído pelo arquiteto Heitor de Mello em 1910 e tombado pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural - INEPAC em 1987.
O Prédio Histórico e sede do Museu
Inaugurado em 5 de novembro de 1910, com a presença do Presidente da República, Dr. Nilo Peçanha, o prédio da Polícia Central, ou Prédio Histórico, foi planejado e construído num momento de modernização da Polícia Civil do então Distrito Federal, para abrigar o gabinete do Chefe de Polícia e demais repartições importantes da instituição. Nele foram desde logo instaladas as três delegacias auxiliares, a Secretaria de Polícia, todos os seus serviços administrativos, a direção da Guarda Civil, da Inspetoria do Tráfego e o gabinete médico legal. Dois anos depois surgiram a Escola de Polícia Científica do Rio de Janeiro e o Museu do Crime.
A reforma policial procurava privilegiar o trabalho da polícia judiciária, incentivando o desenvolvimento das investigações realizadas pelas delegacias com o apoio dos subsídios fornecidos pelos órgãos periciais.
O prédio foi idealizado em estilo eclético francês pelo premiado arquiteto Heitor de Mello, para, segundo diretrizes governamentais, sediar uma polícia moderna a serviço do estado democrático. Construído junto da via pública, com ampla entrada e muitas janelas, sem subterrâneos nem masmorras, destinava-se a ser um local aberto à fiscalização da sociedade. A instalação do Museu no último andar, em 1912, franqueava ao público a visita das suas instalações.
Pelas finalidades almejadas o local se constituiu no berço da Polícia Civil da República.
Durante os dois períodos ditatoriais pelos quais passou o país, no seu último pavimento funcionaram órgãos da polícia política, como a Divisão de Polícia Política e Social - “DOPS”, entregues pelo governo federal à direção de militares fieis ao regime e que funcionaram apartados das demais atividades policiais exercidas nas suas outras dependências, voltadas para a segurança dos cidadãos ou para o atendimento administrativo do servidor policial.
Com a abertura política, na década de 80, todos os seus espaços foram recuperados pela Polícia Civil para as atividades da polícia judiciária, passando a funcionar nas antigas dependências do extinto “DOPS”, a "Comissão para a Apuração de Crimes da Baixada" de eficiente atuação na repressão dos chamados "grupos de extermínio" da região.
No imóvel funcionaram ainda, na década de 50, a Central da Rádio-Patrulha, com o seu conhecido telefone 32-4242, de 1960 a 1964 a Superintendência de Polícia Judiciária (SPJ), nos anos 80, a Divisão Anti sequestro e a partir de 1991, a Delegacia Especial para Repressão aos Crimes de Tortura e Abuso de Autoridade.
Servindo à Polícia por mais de cem anos da sua história bicentenária, atualmente, é a sede do Museu da Polícia Civil. A partir de 2010 foram iniciadas obras de restauração destinadas a revitalizar o imóvel, modernizar o museu, desenvolver em seus espaços atividades de interesse social e cultural, integrando-se no corredor cultural do Centro da cidade.
A Associação de Amigos do Museu da Polícia Civil (AAMPOL), criada em 1993 e declarada de utilidade pública pela Lei Estadual nº 2.345, de 10 de outubro de 1994, vem apoiando a preservação do acervo museológico e defendendo a integridade da sua sede, através do trabalho de associados e colaboradores.
Fonte: Wikipedia
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