História
O bairro de Santa Teresa surgiu a partir do convento de mesmo nome, no século XVIII. Foi inicialmente habitado pela classe alta da época, numa das primeiras expansões da cidade para fora do núcleo inicial de povoamento, no Centro da cidade. Surgiram, então, vários casarões e mansões inspirados na arquitetura francesa da época, muitos dos quais estão em pé até hoje. O bairro de Santa Teresa recebeu ao longo de toda sua existência muitos imigrantes europeus.
Por volta de 1850, a região foi intensivamente ocupada pela população que fugia da epidemia de febre amarela na cidade. Por ficar num local mais elevado, a região era menos atingida pela epidemia do que os bairros que a circundavam.
Em 1872, surgiria o bonde que se tornou o símbolo do bairro, subindo as Ruas Joaquim Murtinho e Almirante Alexandrino. Inicialmente, o bonde era tracionado por muares, depois foi dotado de motores e rede elétrica. Conforme as fotos antigas as cores variaram, eram verde, prata e azul, mas passou a ser pintado de amarelo após reclamações de moradores que diziam que o bonde "sumia" em meio à vegetação do bairro [carece de fontes]. O bonde vai do bairro ao Centro da cidade em travessia sobre os Aqueduto da Carioca desde 1896, quando fez sua primeira viagem.
O bairro possui uma das mais antigas associações de moradores do Rio de Janeiro. A Associação de Moradores e Amigos de Santa Teresa foi proposta pela primeira vez em manifestação pública e através de abaixo-assinado, na Praça Odilo Costa Neto, na então famosa Festa Junina de Santa Teresa, em junho de 1978. Seu registro de fundação é de 10 de julho de 1980.
A partir de manifestações organizadas, os moradores conseguiram a preservação do sistema de bondes histórico, através do tombamento e de cobranças constantes do poder público pela liberação de verbas para os bondinhos. Porém, com o trágico acidente ocorrido com o bonde em 27 de agosto de 2011 que matou seis pessoas, o governo estadual, responsável pela operação do bonde, resolveu paralisar temporariamente a sua circulação, até que fossem feitas obras de modernização do sistema.
Com o tempo, Santa Teresa perdeu seu status de bairro nobre assim como os demais bairros históricos da zona sul, mas tornou-se, ao longo dos anos, um bairro de interesse cultural e turístico. A facilidade logística e a localização privilegiada do bairro, desde 2009 começou um projeto de revitalização; foram muradas as favelas do bairro para que não crescessem mais, desde então essa população passou a pagar regularmente Iptu, água, energia e gás, o que tem diminuído o número de pessoas de baixa renda e colaborado para uma manutenção do valor do metro quadrado do bairro, que em 2012 foi apontado como 26º mais caro da cidade, custando em média R$ 5.685. Os bondes foram retirados de circulação em agosto de 2011, após acidente, na Rua Joaquim Murtinho, e deveria ser instalada uma frota mais moderna até janeiro de 2014, promessa que (até meados de dezembro 2014), ainda não se concretizou.
Modo de vida
Tradicionalmente vivem em Santa Teresa, muitos intelectuais, acadêmicos, artistas, militares e políticos, atraídos pelas características históricas, culturais e pela qualidade de vida que o bairro proporciona. Em função desse perfil, trata-se de um bairro formador de opinião, com participação política, em movimentos populares ou mobilizações coletivas. Há também um grande número de organizações não governamentais instaladas no bairro, que prestam serviços e dão apoio às comunidades localizadas no entorno do bairro.
Também há, no bairro, um polo gastronômico, principalmente ao redor do Largo dos Guimarães, área boêmia do bairro. Santa Teresa vem se firmando como uma das principais atrações turísticas do Rio de Janeiro, o que faz com que muitos a considerem como "O Montmartre carioca", devido ao grande número de artistas que possuem ateliê e residem no local.
O bairro, carinhosamente chamado pelos cariocas de "Santa", é composto de várias escadarias, ladeiras e vielas tortuosas, que ligam-no aos bairros vizinhos do Centro, Glória, Laranjeiras, Bairro de Fátima, Cosme Velho, Catumbi, Catete e Rio Comprido. No alto, há uma impressionante vista, além dos acessos para o Parque Nacional da Tijuca e o Corcovado. O acesso já foi feito pelo bonde com tração animal e elétrica, por muares alugados, linhas de coletivos kombis e ônibus. Hoje se limita aos automóveis, bicicletas, motocicletas, táxis, veículos turísticos e pedestres.
Fonte: Wikipedia
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